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Saúde

População idosa e a dor nas costas durante a pandemia


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Dia Internacional do Idoso, em tempos de isolamento, chama atenção para doenças de coluna na terceira idade

Durante a pandemia causada pela covid-19, o termo “dor nas costas” teve um crescimento de 97% nas buscas do Google em apenas dois meses. Este fato chamou a atenção em razão do regime de trabalho em casa, adotado principalmente por quem compõe a faixa etária mais ativa no mercado de trabalho, mas também abrange aqueles que estão na terceira idade: são eles que passaram a ficar mais sedentários e propensas ao agravamento de problemas degenerativos. Por isso, o tema ganha destaque no Dia Internacional do Idoso, celebrado no próximo 1º de outubro, e os cuidados necessários nesta fase.

Na terceira idade, a coluna sofre um processo natural de desgaste. O problema é que este fator deixa as pessoas mais frágeis e os quadros dolorosos tendem a piorar por causa do agravamento de algumas condições, especialmente as já crônicas, como artrose, hérnia de disco, osteoporose, mielopatia cervical e espondilolistese.

“Essa condição ficou clara pela intensificação de casos críticos, nos últimos dois meses, procurando o consultório. São indivíduos que comumente interromperam atividades físicas e fisioterápicas na quarentena”, explica o neurocirurgião com foco de atuação em coluna e especialista pela Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBC), Dr. Alexandre Elias.

Como tratar doenças degenerativas?

O aparecimento de distúrbios na coluna depende de diversos fatores, como estilo de vida do paciente, falta ou excesso de atividade física, tabagismo, alimentação, lesões e ainda questões genéticas. “Os problemas podem aparecer em qualquer pessoa, mas é possível evitá-los ou retardar a sua evolução em alguns quadros. É por isso que se fala tanto em prevenção e na importância de cultivar bons hábitos por toda a vida, a fim de alcançar um envelhecimento mais saudável”, pontua o médico.

Entretanto, mesmo quando tais doenças se desenvolvem, há algumas vias de atuação que controlam sua progressão e amenizam os sintomas – especialmente as crises de dor.

“As técnicas são aplicadas considerando que manifestações são apresentadas, histórico familiar, existência de patologias prévias, entre outros detalhes individuais, mas inicialmente são usados medicamentos e reabilitação física. Práticas como a reeducação postural global (RPG) e musculação, para fortalecimento local, são de grande ajuda, suficientes em muitos casos e, de forma geral, não apresentam contraindicações aos idosos”, conta Dr. Alexandre.

E mesmo quando as disfunções se tornam crônicas ou não respondem às terapias convencionais, ainda é possível contar com métodos cirúrgicos avançados, minimamente invasivos, reduzindo risco de complicação e, por fim, viabilizando uma recuperação mais rápida do paciente.

“É muito importante tirar o tabu de que dores nas costas são normais em idade avançada. Elas são comuns, é verdade, mas têm tratamento e é preciso buscá-lo para o próprio bem-estar em qualquer fase da vida”, relata o especialista.

Dia Internacional do Idoso e promoção da qualidade de vida

A data, instituída pela Organização das Nações Unidas, estimula a discussão de medidas que ofereçam um envelhecimento mais saudável, funcional e de qualidade àqueles que estão na terceira idade. Esta escolha tem se tornado cada vez mais relevante, frente ao fato da população sênior estar aumentando de forma volumosa e acelerada nos últimos anos.

As medidas para a inclusão e integração social dos idosos passam pelas condições básicas de saúde, física e emocional, que lhes garantem autonomia para viver da forma mais independente possível.

“Comer de forma equilibrada, praticar atividades físicas regularmente e manter o controle do peso corporal, são atitudes fundamentais para um envelhecimento saudável. Mas caso venha a apresentar algum distúrbio degenerativo, é essencial buscar e seguir um tratamento multidisciplinar”, finaliza Dr. Alexandre Elias.

Fonte: Assessoria

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